Bolachas de Sementes


Sou só eu a pensar que o virar de páginas do calendário é demasiado rápido?! Dou por mim a actualizar datas no meu dia-a-dia e a pensar que ainda ontem estávamos a despedir-nos do verão que quase não existiu e agora todos os dias algo nos diz que o Natal está aí não tarda mesmo nada. Quer seja na publicidade radiofónica, nos anúncios da televisão, nos shoppings que já se encontram todos decorados a rigor e até mesmo nas ruas das cidades, com as luzes natalícias como que a avisar-nos que já falta tão pouco para o Natal. Por aqui ainda não entrámos no espírito natalício (talvez num próximo post), os dias são tão pequenos, sai-se de casa quase de noite e quando se regressa ao fim do dia já é praticamente de noite outra vez. Os projetos e as tarefas são tantos, as ideias fervilham, mas não sobra muito tempo, pois a maior parte dos dias é passada no local de trabalho.
E para suavizar este frenesim, o querer fazer tantas coisas ao mesmo tempo, a correr de um lado para o outro, casa-trabalho, trabalho-casa, há uma necessidade essencial que não pode falhar e da qual não nos devemos nunca esquecer, que é a alimentação. Comer de uma forma correcta e equilibrada e sem nunca esquecer os pequenos lanches entre refeições. Uma peça de fruta, um iogurte ou mesmo umas bolachinhas são óptimas para "enganar o estômago" e preencher aqueles momentos em que estamos tão empenhados numa tarefa que quase nos esquecemos de comer. Eu adoro bolachas, sejam elas doces ou salgadas e cá por casa faço imensas vezes. Prefiro-as às de compra que muitas vezes não são nada saudáveis, para além de que em casa posso experimentar novas receitas e usar novos ingredientes nas minhas bolachas. No trabalho, tenho uma caixinha comigo que está ali à vista como que a lembrar-me que tenho de comer uma bolacha.

Desta vez decidi fazer uma receita de bolachas salgadas, enriquecidas com a benéficas propriedades das sementes que são tão nutritivas e escolhi uma receita de entre muitas que tenho marcadas para experimentar, do novo livro da Isabel Zibaia Rafael, a nossa "Laranjinha", autora do blog "Cinco Quartos de Laranja". Escolhi estas Bolachas de Sementes, pela sua simplicidade e pela rapidez na elaboração da receita. Em menos de nada temos ali uma aprovadíssima fornada de deliciosas bolachas prontas a petiscar.
Com esta receita participo também no desafio do grupo "Vamos Fazer Bolachas", da querida Manuela, autora do blog, Cravo e Canela. Para este mês o tema escolhido eram as bolachas salgadas, e aqui vos deixo com a minha sugestão. Experimentem estas bolachas, tenho a certeza que vão adorar!



Ingredientes:
| 150 g de farinha de trigo s/ fermento
| 65 g de farinha de espelta
| 3 g de fermento em pó
| 5 g de sal
| 35 g de pevides de abóbora
| 20 g de sementes de linhaça castanhas
| 10 g de sementes de chia
| 3 g de erva-doce em grão
| 3 c. (sopa) de azeite
| 1 dl de água

Método Tradicional:
Numa taça, junte todos os ingredientes e envolva muito bem até formar uma bola.
Estenda a massa numa superfície polvilhada com farinha.
Corte a massa com um cortador de bolachas.
Coloque as bolachas num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 20 minutos.

Método Thermomix - Bimby:
Coloque todos os ingredientes no copo, excepto as sementes e programe (30seg/vel Espiga).
Adicione as sementes e programe (10seg/vel3).
Estenda a massa numa superfície polvilhada com farinha.
Corte a massa com um cortador de bolachas.
Coloque as bolachas num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 20 minutos.

Macarons de Chocolate com Creme de Framboesa


Um dia tinha de acontecer! Sabem aquela receita que vocês andam a adiar há imenso tempo, interiorizando desculpas consecutivas, ora porque o forno não anda bom, ora porque não há tempo, ou porque não temos aquele ingrediente específico, ou ainda porque surgiu uma receita mais interessante para experimentar... eu andava neste dilema com os macarons! Lembro-me de os provar pela primeira vez à cerca de 3 anos, numas férias na Suíça. Confesso que não fiquei fã de imediato, talvez porque não tenha provado um sabor que me agradasse de todo. Mas depois disso já provei outros, noutras ocasiões, e como diz a velha máxima "primeiro estranha-se depois entranha-se", assim se passou comigo. Aos poucos fui começando a gostar destas pequenas beldades que, apesar de terem origem em Itália, é na gastronomia francesa que eles se destacam.
Não é uma receita difícil, apenas exige algum tempo e dedicação. Paciência é a palavra de ordem na sua elaboração, basta não ter pressa e dar o melhor de nós e a receita tem tudo para correr bem. Há ainda um factor muito importante na confeção dos macarons que é, antes de mais, conhecermos bem o nosso forno (e as suas fraquezas!) e conseguirmos perceber o tempo que demoram os macarons a ficarem no ponto, bem como a temperatura mais indicada. Cada forno é diferente, pelo que não convém desistir à primeira tentativa e tentar perceber o que pode ter corrido menos bem. Um ajuste aqui, um truque acolá, um pouco de persistência e de certeza que sairão uns lindos macarons.

Eu confesso que tive sorte. Para além de o meu forno ser relativamente novo e de eu conseguir regular a temperatura digitalmente, calhou a receita correr bem à primeira vez. Tomei-lhe o gosto e fiz 3 tabuleiros de uma vez só. Para primeira receita escolhi os macarons de chocolate, ou não idolatrasse eu este ingrediente e após alguma pesquisa decidi-me pela receita da extrovertida Raíza, autora do blog Dulce Delight (assistam aqui ao vídeo completo desta receita). O recheio, claro, tinha de ser de framboesa, ingrediente que casa tão bem com o chocolate. O resultado, esse está à vista. Apesar de não terem ficado perfeitos (sim, eu sou exigente!) ficaram lindos, crocantes por fora, macios por dentro e quem provou, adorou. É uma receita ainda a ser aperfeiçoada, mas eu gostei tanto que já estou a pensar em novos sabores e quero voltar a repetir esta experiência mais vezes. Se eu consigo, vocês também conseguem, experimentem, pois vai valer a pena.


(receita adaptada do blog Dulce Delight)

Ingredientes:
{para a bolacha - merengue}
| 110 g de amêndoas sem pele
| 200 g de açúcar em pó
| 40 g de chocolate em pó
| 90 g de claras envelhecidas (aprox. 2)
| 1 c. (café) de amido de milho
| 40 g de açúcar granulado
{para o creme de framboesa}
| 200 g de framboesas (usei congeladas)
| 2 gemas
| 5 c. sopa de açúcar em pó
| 1 c. (chá) de amido de milho
| 80 g de manteiga sem sal

{merengue}
Método Tradicional:
Triture as amêndoas num processador ou robot de cozinha durante alguns segundos.
Adicione o açúcar em pó e o chocolate e pulse alguns segundos, apenas para misturar. Reserve.
Pese as claras e comece a batê-las, primeiro a uma velocidade baixa, para que comecem a incorporar ar. Vá aumentando a velocidade e sem deixar de bater adicione lentamente o açúcar granulado.
Continue a bater e adicione o amido de milho. Bata continuamente, agora na velocidade máxima.
O merengue estará pronto quando mergulhar as varas, retirar num impulso e as claras formarem picos firmes.
Peneire a mistura de amêndoa e açúcar para dentro da taça do merengue. Adicione a mistura de uma vez só. Descarte os pedacinhos de amêndoa que ficaram na peneira.
Com uma espátula, envolva delicadamente em movimentos circulares, de cima para baixo, rodando a taça. Faça também alguns movimentos rectos do centro para as laterais, para agarrar toda a mistura seca que esteja na base e continue a envolver em movimentos circulares. A massa está no ponto quando escorrer da espátula tipo lava, ou seja, nem fica toda presa, nem escorre rapidamente.
MétodoThermomix Bimby:
Coloque as amêndoas no copo e triture (10seg/vel9).
Adicione o açúcar em pó e o chocolate e dê 2 ou 3 toques de turbo para misturar. Reserve.
No copo seco e bem limpo coloque a borboleta, junte as claras e bata (3min/vel4). No último minuto adicione através do bocal, o amido de milho e o açúcar, aos poucos.
Peneire a mistura de amêndoa e açúcar para dentro do copo. Adicione a mistura de uma vez só, descartando os pedacinhos de amêndoa que ficaram na peneira.
Programe (15seg/vel Colher Inversa).
 
{preparação dos macarons}
Coloque um bico com cerca de 1cm de diâmetro no saco de pasteleiro. Transfira o merengue para dentro do saco e aperte bem para retirar todo o ar.
Forre um tabuleiro com papel vegetal e cole-o ao tabuleiro, nas extremidades, com bocadinhos de massa.
Segure o saco de pasteleiro na vertical e faça montinhos de massa de cerca de 3,5cm, espaçados cerca de 3m entre eles (se preferir, desenhe vários círculos guia usando um copo, por exemplo). No final coloque um pano na bancada e bata com o tabuleiro, para soltar algumas bolhas de ar que a massa possa ter. 
Deixe a massa repousar num local seco. O tempo de repouso pode variar de 1/2 a 1 hora, dependendo do ambiente e os macarons estão prontos quando, ao tocar com o dedo na massa, ela não fica colada.
Leve o tabuleiro ao forno pré-aquecido (melhor se for ventilado) na posição do meio, a 150º durante 17 minutos (cada forno é diferente, portanto tanto a temperatura como a duração podem ser diferentes. Tente encontrar o ponto certo do seu forno).
Retire o tabuleiro do forno e deixe os macarons arrefecerem por completo. Ao fim de 5 minutos já darão para desenformar, descolando do papel sem problemas.
Quando estiverem completamente frios, recheie com o creme de framboesa.

{creme de framboesa}
Método Tradicional:
Para o creme de framboesa, leve um tacho ao lume médio com as framboesas e vá mexendo até elas começarem a desfazer-se, ou seja ficarem descongeladas.
Transfira as framboesas para um robot e triture-as até ficarem em puré.
Com a vara de arames bata à mão as gemas durante alguns minutos, até ficarem fofas e dobrarem de volume.
Junte o açúcar e bata mais um pouco, até obter um creme esbranquiçado. Adicione o amido e envolva.
Adicione 2 c. (sopa) do puré de framboesas às gemas e bata um pouco para envolver. 
Verta o creme no puré de framboesas e leve ao lume até começar a ferver e engrossar um pouco.
Retire e deixe arrefecer.  
Adicione a manteiga em pedaços e à temperatura ambiente e bata durante 1-2 minutos até o creme atingir a consistência desejada. Reservar até à hora de rechear os macarons.
Método Thermomix - Bimby:
Coloque as framboesas no copo e programe (5seg/vel7).
Com a espátula, baixe o molho que ficou nas paredes do copo.
Adicione os restante ingredientes e programe (7min/90ºC/vel4).
Reservar até à hora de rechear os macarons.




Cheese and Thyme Pull Apart Bread


Parece que é desta, o outono instalou-se de vez. O frio já se nota e até o verão de S. Martinho, que deveria estar agora a começar, parece que veio e já se foi e nós nem demos por nada. Na cama já sabem bem os edredons de inverno e as mantas quentinhas e de manhã um casaco torna-se obrigatório. O sol lá vai espreitando de vez em quando, meio baralhado por entre as nuvens cinzentas e carregadas, mas é o "sol de pouca dura" que acaba por ser ofuscado pela chuva fria, anunciando uma vez mais o atropelo das estações.
Dias destes, pelo menos ao fim-de-semana, são dias de preguiça. E como eu adoro os dias de preguiça de outono. Acordar tarde com o barulho da chuva a bater na janela, tomar um pequeno almoço tardio e demorado, não despir o pijama, preguiçar no sofá enquanto se lê uma revista ou se consulta um livro de culinária, buscando inspiração para justificar uma desculpa para ligar o forno. Como se fosse preciso uma desculpa! Ligar o forno é quase obrigatório nestes dias, pois nada sabe melhor num dia cinzento e de chuva que uma reconfortante refeição quentinha ou um bolo acabado de fazer. E as castanhas! Como eu adoro castanhas, quentinhas, salpicadas de sal, ainda a fumegar, coisas simples da estação que tanto prazer me dão.
E depois o pão. Nunca prescindo, havendo tempo, de fazer um pão. Gosto de variar e experimentar vários tipos de pão. Por vezes opto por um pão simples, que acaba por ficar para os pequenos almoços da semana, outras vezes gosto de acrescentar novos ingredientes, tornar o pão mais rico atribuindo-lhe novos sabores. Como este pão que trago hoje, um Pão de Partilha enriquecido com ingredientes de qualidade, o queijo Tété que o torna irresistível de tão bom que é. Um pão de queijo e ervas, delicioso e guloso que não nos deixa ficar apenas pela primeira fatia. Um pão que se come assim mesmo, simples, acompanhado de uma bebida quente.

(receita adaptada do blog Baked by Rachel)

Ingredientes:
| 20 g de azeite + q.b.para pincelar
| 120 ml de água 
| 15 g de fermento fresco
| 300 g de farinha de trigo
| 100 g de farinha de trigo integral
| 1 c. (sopa) de açúcar amarelo
| 1 c. (café) de flor de sal
| 1 c. (sopa) de alho seco picado
| 1 iogurte natural
| 1 c. (sopa) de tomilho seco

Método Tradicional:
Comece por misturar numa taça as farinhas, o açúcar, a flor de sal e o alho picado. 
À parte, dilua o fermento na água, que deve estar morna, e adicione aos restantes ingredientes.
Junte também o azeite e o iogurte e amasse muito bem, até que todos os ingredientes fiquem ligados.
Rale finamente metade do queijo curado e junte à massa, assim como metade do tomilho seco.
Amasse durante alguns minutos até que a massa descole dos dedos.
Forme uma bola, coloque numa taça e deixe levedar durante 1 hora, tapando a taça com um pano.
Com o rolo, estenda a massa numa superfície enfarinhada, formando um rectângulo com aprox. 40x30cm.
Pincele com azeite e espalhe a outra metade do queijo curado, finamente ralado. Polvilhe com o restante tomilho.
Corte o rectângulo de massa em duas partes no sentido longitudinal.
Dobre cada uma das partes sobre si mesmas e volte a pincelar com azeite.
Corte cada uma das partes em cerca de 5-6 rectângulos, ficando com um total de 10-12 rectângulos e disponha-os numa forma rectangular previamente untada com manteiga.
Deixe levedar novamente por mais 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Leve o pão ao forno por cerca de 25-30 minutos. Se começar a ficar queimado à superfície, tape com uma folha de alumínio.

Método Thermomix - Bimby:
Coloque no copo o azeite, a água e o fermento e programe (1,5min/37ºC/vel1).
Junte as farinhas, o açúcar, a flor de sal, o alho picado e o iogurte.
Rale finamente metade do queijo curado e junte aos restantes ingredientes.
Adicione metade do tomilho seco e programe (2min/vel Espiga).
Forme uma bola, coloque numa taça e deixe levedar durante 1 hora, tapando a taça com um pano.
Com o rolo, estenda a massa numa superfície enfarinhada, formando um rectângulo com aprox. 40x30cm.
Pincele com azeite e espalhe a outra metade do queijo curado, finamente ralado. Polvilhe com o restante tomilho.
Corte o rectângulo de massa em duas partes no sentido longitudinal.
Dobre cada uma das partes sobre si mesmas e volte a pincelar com azeite.
Corte cada uma das partes em cerca de 5-6 rectângulos, ficando com um total de 10-12 rectângulos e disponha-os numa forma rectangular previamente untada com manteiga.
Deixe levedar novamente por mais 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Leve o pão ao forno por cerca de 25-30 minutos. Se começar a ficar queimado à superfície, tape com uma folha de alumínio.


Peanut Butter Pavlova


Quando a nossa cara metade, a pessoa que escolhemos para estar ao nosso lado, aquela que mais amamos e que está sempre presente, tanto nos bons como nos menos bons momentos nos pede para fazer pavlova, nós fazemos, certo?! Ainda mais quando se trata de uma dia tão especial como o de hoje que merece ser comemorado. A T. festeja o seu aniversário e normalmente neste dia costumo fazer um bolo para lhe oferecer. Faz muito tempo que deixámos de comprar bolos de aniversário, pois acho que normalmente são demasiado artificiais e fabricados e não sabem tão bem como um bolinho caseiro, preparado com amor e carinho. Para além de que em casa podemos sempre adaptar os ingredientes ao nosso gosto e dar o nosso toque pessoal.
Mas este ano a T. não escolheu um bolo, preferiu antes uma pavlova e exigiu que tivesse manteiga de amendoim. É um ingrediente que raramente entra cá em casa, mas tratando-se de uma data especial, abre-se uma excepção e faz-se algo decadente para comemorar. Porque um dia não são dias e momentos destes são únicos e devem ser registados com algo que gostamos.
Confesso que não gosto muito de fazer pavlovas, é um doce delicado, que carece de alguma atenção e deve ser feito com carinho, ou corremos o risco de ela abater, rachar ou não cozer correctamente. Mas esta por acaso até correu  bem e para a tornar especial usei o doce de leite e amendoins torrados com sal e mel que juntamente com a manteiga de amendoim a elevaram a outro nível.
Para o merengue escolhi seguir a receita da Patricia do Coco e Baunilha, ficando o resto por minha conta e risco. Ficou linda, eu acho, e é tão mas tão gulosa, que é difícil parar de comer.


Ingredientes:
{para o merengue}
| 6 claras de ovo
| 220 g de açúcar (usei amarelo)
| 1 c. (chá) de vinagre
| 1 c. (sobremesa) de aroma de baunilha 
| 2 c. (chá) de amido de milho

{cobertura}
| 250 g de queijo mascarpone
| 4 c. (sopa) de manteiga de amendoim
| 1 lata de doce de leite
| amendoins torrados com sal e mel

Método Tradicional:
Pré-aqueça o forno a 150ºC. 
Forre com papel vegetal um tabuleiro e desenhe 1 círculo de aprox. 20cm de diâmetro no verso do papel.
Bata as claras com a varinha e  quando começarem a formar picos suaves nas varas, junte o açúcar aos poucos. Quando estiverem firmes,  junte o vinagre e o aroma de baunilha e bata mais um pouco. Por fim adicione o amido de milho e envolva, batendo na velocidade mínima.
Espalhe o merengue no papel vegetal, usando como referência o círculo desenhado. Com uma espátula forme uma ligeira cova no centro. Coloque o merengue no forno e baixe a temperatura para 140ºC. Passados 15 minutos reduza para 120ºC e deixe ficar durante 1h30. Deixe arrefecer completamente no forno com a porta entreaberta (coloque uma colher de pau na abertura da porta).
Para a cobertura, misture o queijo mascarpone, que deve estar frio, com a manteiga de amendoim e 3 c. (sopa) de doce de leite. Misture energicamente até obter um creme fofo.
Espalhe metade do creme no centro da pavlova e por cima espalhe algum do doce de leite que sobrou.
Espalhe a outra metade do creme e decore a gosto com amendoins torrados com sal e mel.

Método Thermomix - Bimby:
Coloque no copo o açúcar e pulverize (20seg/vel9). Retire e reserve. 
Coloque a borboleta no copo, e bata as claras programando (4min/vel3,5)
Programe (1minvel3). Adicione o vinagre, o aroma de baunilha e aos poucos o açúcar pelo bocal da tampa.
Por fim junte a maizena e bata mais uns segundos. 
Espalhe o merengue no papel vegetal, usando como referência o círculo desenhado. Com uma espátula forme uma ligeira cova no centro. Coloque o merengue no forno e baixe a temperatura para 140ºC. Passados 15 minutos reduza para 120ºC e deixe ficar durante 1h30. Deixe arrefecer completamente no forno com a porta entreaberta (coloque uma colher de pau na abertura da porta).
Coloque no copo o queijo mascarpone, que deve estar frio, a manteiga de amendoim e 3 c. (sopa) de doce de leite. Programe (1min/vel4).
Espalhe metade do creme no centro da pavlova e por cima espalhe algum do doce de leite que sobrou.
Espalhe a outra metade do creme e decore a gosto com amendoins torrados com sal e mel.

Doce de Abóbora e Fava Tonka


Havia sempre doce ou compota lá em casa. Fosse verão ou fosse inverno, esta era a melhor forma de preservar as frutas colhidas em abundância nas árvores do quintal. E na arte de fazer doces e compotas a minha mãe era conhecedora. Eu adorava todo aquele ritual, o deixar cozinhar lentamente a fruta em açúcar, o cheiro no ar a canela e a fruta acabada de cozer. No final, a minha mãe deixava-me lamber gulosamente os paus de canela e eu adorava provar o doce ainda quente no pão. No verão nunca faltava o doce de tomate, dos meus preferidos. Frascos que se acumulavam e que eram depois distribuídos pela família e amigos.
Mas esta era a minha altura do ano preferida, no que diz respeito às frutas para fazer compotas. É o tempo dos marmelos, taças de marmelada que eram feitas e guardadas para durarem uns bons meses. E eu deliciava-me cortando quadrados de marmelada que comia com bolachas Maria. E nada era desperdiçado, das cascas e dos caroços dos marmelos fazia-se geleia. E depois haviam as abóboras, dúzias de abóboras que se amontoavam no chão. E tinha sempre que haver doce. Doce de abóbora e canela, a minha especiaria preferida. 
O quintal ainda lá está, as frutas já não são tão abundantes, pois o meu pai, para além de não necessitar de tantas quantidades, também já não tem a força de outrora. E eu sempre que posso faço doce ou compota para recordar esses tempos de infância e claro, para poder também preservar as frutas e o seu sabor por muito mais tempo. Há sempre um frasco de compota cá em casa à espera de ser aberto.
Hoje, dia 1 de Novembro, é também dia de mais uma publicação no grupo "Dia Um... Na Cozinha". Para esta edição eram pedidos doces e compotas. Um tema que, confesso me deu prazer porque é algo que faço muitas vezes. Como gosto de fazer compotas aproveitando a fruta de cada estação, a escolha não foi difícil e claro, a abóbora foi a eleita. Decidi inovar e usar a fava tonka, também conhecida como cumaru, que não é mais que uma semente proveniente de uma árvore nativa da Amazónia. São umas sementes adocicadas e muito aromáticas, fazendo lembrar bastante o aroma da baunilha. Aliás há quem substitua a baunilha nas sobremesas por fava tonka. O resultado não podia ser mais aromático e delicioso, um doce de tons laranja e textura cremosa que quase apetece comer à colherada.


Ingredientes: 
| 1 kg de abóbora
| 500 g de açúcar gelificante
| 1 c. (café) de canela em pó
| 2 paus de canela
| 1 semente de fava tonka

Método Tradicional:
Descasque a abóbora, cote-a em cubos e coloque num tacho.
Adicione o açúcar, a canela em pó, os paus de canela e a semente de fava tonka finamente ralada.
Leve ao lume a cozer cerca de 30-40 minutos, até que a abóbora fique completamente cozida.
Retire o tacho do lume, remova os paus de canela e com uma varinha mágica triture a abóbora até esta atingir a consistência desejada.
Leve novamente ao lume a engrossar, até atingir a textura desejada, tendo o cuidado de mexer com uma colher de pau, para que o doce não pegue no fundo do tacho.
Distribua o doce em frascos de vidro esterilizados.

Método Thermomix - Bimby:
Coloque no copo 500 g da abóbora e triture (15seg/vel6).
Coloque a restante abóbora no copo e triture grosseiramente (5seg/vel5).
Adicione o açúcar, a canela em pó, os paus de canela e a semente de fava tonka ralada finamente.
Programe (30min/100ºC/vel1) e substitua o copo de medida pelo cesto para evitar salpicos.
Retire os paus de canela e veja se o doce tem a textura desejada. Se não, triture mais uns segundos na vel 5.
Programe (6min/Varoma/vel1) e coloque novamente o cesto sobre a tampa para evitar salpicos.
Distribua o doce em frascos de vidro esterilizados.